terça-feira, 29 de outubro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas-ECONOMISTAS MOSTRAM QUE MINERAÇÃO PODE SER MOTOR DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


ECONOMISTAS MOSTRAM QUE MINERAÇÃO PODE SER MOTOR DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


Casos de países que conseguiram usar suas riquezas minerais para alavancar, com sucesso, o desenvolvimento de outras indústrias, inclusive as de alta tecnologia, podem inspirar o Brasil a fazer esse tipo de transição. Essa é a hipótese que orienta a pesquisa dos economistas João Furtado e Eduardo Urias.
Segundo Furtado, desde o inicio do século XIX, o ensino é obrigatório na Suécia. Nessa época, a Escandinávia era um conjunto de países pobres e tinha a economia baseada em recursos naturais como minérios e madeira.
“Hoje a Suécia é um país de 10 milhões de habitantes capaz de produzir carros, aviões e fármacos, sem depender mais de seus recursos naturais”, disse Furtado durante o 15o Congresso Brasileiro de Mineração, durante a Exposibram 2013, que acontece em Belo Horizonte (MG).
Segundo o economista Eduardo Urias, o shale gas, ou gás de xisto, é conhecido há muitos anos, mas só recentemente a sua utilização se viabilizou. Com isso, o gás de xisto norte-americano se tornou um recurso e pode levar os Estados Unidos, graças às tecnologias desenvolvidas para a extração desse gás, para outro patamar com a autossuficiência energética.
“A Finlândia, desde a década de 1970, não tem grandes minas, mas o país se tornou um importante desenvolvedor de equipamentos e serviços para mineração,” exemplificou Urias.
Um dos principais fatores, no caso da Finlândia e outros países, foi a criação de tecnologias para resolver problemas locais. O outro fator foi o grande investimento em educação. Como ressaltou Urias, “desde o início do século XX esses países têm altos índices de alfabetização.”
“É importante criar tecnologia em mineração para resolver problemas locais e para conectá-las depois a outros setores, o que amplia o valor e o alcance da tecnologia desenvolvida. A mineração precisa, por exemplo, de microeletrônica e nanotecnologia”, disse Urias.
Segundo o economista Eduardo da Motta e Albuquerque, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), olhando o caso particular da Suécia, a mineração pode contribuir para o financiamento da construção combinada de um sistema de inovação e de um sistema de bem-estar social.
Albuquerque, que participou do mesmo painel, destaca que a interação entre mineração e três setores de tecnologias emergentes (biotecnologia, nanotecnologia e fontes de energia renováveis) deve ser estimulada para que o Brasil possa se inserir no ambiente internacional de inovação no setor.
O argumento central do livro de Furtado e Urias é o reencontro do Brasil com aquilo que ele tem de melhor (recursos naturais) e como isso pode ser aproveitado para levar desenvolvimento econômico e bem-estar para o país como um todo. A obra “Recursos Minerais e Desenvolvimento: encontros e desencontros”, de Furtado e Urias, foi apoiada pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV).
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