sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas-VALE APROFUNDA CORTES DE INVESTIMENTOS EM BUSCA DE LUCRO

A maior produtora de minério de ferro do mundo deve anunciar um plano de negócios de US$ 14,5 bilhões para 2014, 11% menos que o orçamento deste ano. Lucas Prado Kallas mineração 

Juan Pablo Spinetto, da  
Divulgação/ Agência Vale
Rio de Janeiro - A Vale SA deverá reduzir seus gastos no ano que vem ao nível mais baixo desde 2010 em uma tentativa de recuperar-se de dois anos de quedas nos lucros devido a produções decepcionantes e preços mais baixos.

A maior produtora de minério de ferro do mundo provavelmente anunciará em 2 de dezembro um plano de negócios de US$ 14,5 bilhões para 2014, segundo a média de estimativas de 11 analistas compiladas pela Bloomberg News. Isso é 11 por cento menos que os US$ 16,3 bilhões orçados para este ano e seria o menor investimento anual da Vale nos últimos quatro anos.
A redução nos investimentos seria a última tática da empresa com sede no Rio de Janeiro para aumentar as margens após vender pelo menos US$ 3 bilhões em ativos neste ano e reduzir custos em US$ 2 bilhões.
A Vale, a empresa com pior desempenho em ações neste ano entre as três maiores mineradoras, está buscando aumentar a confiança do investidor focando em suas operações mais lucrativas de minério de ferro e dando fim a uma disputa fiscal de uma década.
“Estamos esperando uma racionalização das despesas de capital, de uma forma negativa”, disse Marcel Kussaba, que ajuda a gerenciar R$ 14 bilhões (US$ 6 bilhões) em ativos, incluindo ações da Vale, como chefe de pesquisa da Quantitas Asset Management, por telefone, de Porto Alegre. “O retorno a um foco no minério de ferro faz sentido”.
A empresa está reduzindo investimentos fora do negócio do minério de ferro enquanto conclui alguns projetos, disse Kussaba. As ações da Vale, que em julho atingiram a maior baixa em quatro anos, subiram ao nível mais alto em seis semanas, ontem, depois que a empresa aceitou pagar R$ 22,3 bilhões para resolver uma pendência fiscal de uma década com o governo brasileiro relacionada aos lucros de suas unidades estrangeiras.

Blog Lucas Prado Kallas- PETROBRAS DECIDE HOJE SOBRE REAJUSTE; FIBRIA TERÁ IMPAXTO DE R$ 390 MI NO 4° TRI

Petrobras decide hoje sobre reajuste; Fibria terá impacto de R$ 390 mi no 4° tri

Ainda entre os destaques, Eike estaria de saída da OGX, diz Dow Jones; Klabin inicia plano agressivo para dobrar de tamanho em 3 anos


Petrobras decide hoje sobre reajuste; Fibria terá impacto de R$ 390 mi no 4° tri
SÃO PAULO - A sexta-feira (29) inicia agitada em meio ao noticiário corporativo. O conselho de administração da Petrobras (PETR3; PETR4) vai se reunir hoje, às 10h (horário de Brasília) para decidir sobre a nova fórmula de reajuste automático dos preços dos combustíveis. 
O tema divide a equipe econômica e a direção da Petrobras, por isso será arbitrado por Dilma Rousseff, que dirigia o conselho da estatal no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, não está previsto na agenda oficial de que Dilma irá a assembleia. 
A expectativa do mercado é que, além da decisão sobre a nova fórmula, um anúncio do reajuste seja feito após a reunião. O aumento dos preços deve se situar entre 5% e 6% para gasolina e em cerca de 10% para o diesel. 
Fibria adere a pagamento à vista de dívida de impostos
A produtora de celulose Fibria (FIBR3) informou no final da quinta-feira (28) que aderiu à modalidade de pagamento à vista concedida pelo governo de dívidas relativas a Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social (CSLL). 
A companhia afirmou que o valor total será de R$ 560,45 milhões mas, com uso de créditos fiscais, o desembolso efetivo será de R$ 392,32 milhões, a ser registrado nos resultados do quarto trimestre. 
Eike está de saída da OGX, diz Dow Jones
Com o retorno das conversas da OGX Petróleo (OGXP3) com os credores, os mesmos rumores que marcaram a tônica da empresa antes do calote retornaram. Desta vez, a agência de notícias Dow Jones afirmou que os credores começaram a fazer uma avaliação das finanças da empresa. 
O intuito dessa avaliação é a injeção de US$ 150 milhões na empresa - para conseguir viabilizar a produção em Tubarão Martelo. Esse pedido foi feito para os detentores que possuem 50% dos títulos, cujo valor de face é US$ 3,6 bilhões. Os credores possuem medo que mais dinheiro seja necessário em breve.
Klabin inicia plano agressivo para dobrar de tamanho em 3 anos
 A Klabin (KLBN4) informou na véspera que foi aprovado o projeto de crescimento que poderá fazer a empresa dobrar de tamanho nos próximos três anos, conforme afirmou o CEO (Chief Executive Officer) Fabio Schvartsman, em teleconferência com jornalistas. Em duas assembleias, a empresa conseguiu que fosse dado o aval para a emissão de 27,2 milhões de debêntures mandatoriamente conversíveis no valor de R$ 1,7 bilhão para financiar a construção de uma nova fábrica de celulose no município de Ortigueira (PR), projeto conhecido como Puma, de custo estimado em mais de R$ 5 bilhões. 
"O projeto Puma está oficialmente iniciado para a criação de uma planta única no Brasil. Será a planta de celulose de menor custo no mundo", afirmou Schvartsman. "Ela operará para celulose de fibras curta e longa, fato inédito para o país", que, segundo ele é 100% importador da segunda modalidade, matéria-prima das fraldas descartáveis e absorventes. Lucas prado kallas mineração 
ALL acumula cinco dias de interdição de ferrovia
O trecho ferroviário da América Latina Logística (ALLL3) no interior de São Paulo passa hoje por seu quinto dia de interdição, interrompendo a circulação de trens carregados com produtos agrícolas rumo ao porto de Santos. 
O acidente resultou na interdição da linha férrea por onde passam 70% de toda a soja e milho produzido pelo estado com destino ao porto paulista, segundo a empresa. A empresa informou na véspera que está trabalhando, em conjunto com a comunidade e órgãos públicos, para reestabelecer as operações. 
Gerdau investirá R$ 5,8 bi em MG para expansão de atividades
A Gerdau (GGBR4) informou aporte de R$ 5,8 bilhões em Minas Gerais, para a expansão das atividades de mineração e a implantação de um centro de industrialização e distribuição de produtos planos. 
A companhia assinou um acordo com o governo do Estado, que prevê os investimentos voltados para a expansão de suas atividades de mineração de ferro para até 2020, período em que ampliará sua capacidade de beneficiamento de minério de ferro para 24 milhões de toneladas ao ano. 
Os investimentos envolvem a expansão da unidade de tratamento de minério 2 (UTM 2), com conclusão do projeto programada para o final de 2016, e a construção de uma nova unidade nesse segmento (UTM 3), que deverá iniciar sua operação ao término de 2020, informou a companhia.
Itaú Unibanco vai pagar R$ 1 bi aos acionistas
O Itaú Unibanco (ITUB4) optou por pagar R$ 1,02 bilhão aos seus acionistas na forma de juros sob capital próprio, comunicou a empresa na quinta-feira. Esse valor equivale a R$ 0,2036 por ação, que se transformará em R$ 0,17306 após a retenção de 15% do imposto de renda. 
Quem é detentor das ações da empresa no dia 20 de dezembro, receberá o pagamento até o dia 30 de abril de 2014. Esse crédito será registrado no balanço da empresa de 2013 e conta para o limite mínimo de proventos deste ano. 
É válido lembrar que o Itaú é um dos bancos envoltos na polêmica do STF, que começou o julgamento dos planos econômicos. Caso percam, os bancos terão um prejuízo de R$ 150 bilhões, que limitarão fortemente sua capacidade de empréstimo. Embora Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa sejam os mais expostos, o Itaú também terá sua carga se o STF decidir à favor dos poupadores. 

Blog Lucas Prado Kallas- GERDAU INVESTE R$ 5,8 BILHÕES EM MINAS GERAIS

Empresa vai expandir a produção de minério de ferro em Ouro Preto, com geração de 2 mil empregos diretos Lucas Prado Kallas, Lucas kallas, Lucas Kallas Mineração



Com capacidade para 24 milhões de toneladas por ano em sete anos, empresa será grande produtora do insumo
Depois de garantir a sua autossuficiência em minério de ferro, o grupo siderúrgico Gerdau, de Porto Alegre, maior produtor de aços longos nas Américas, vai investir R$ 5,8 bilhões em Minas Gerais para entrar na disputa do consumo de ferro no Brasil e no exterior. O pacote de recursos que serão aplicados até 2020 no estado levará o conglomerado ao time dos grandes produtores de ferro, formado pela Vale, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e que terá a presença da Mineração Usiminas nos próximos anos. A maior parcela do aporte será destinada às reservas de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, e Várzea do Lopes, em Itabirito, localizadas na Região Central mineira.

Com a expansão do negócio da mineração, o grupo Gerdau vai abrir 2 mil empregos diretos e outros 9 mil temporários durante as obras. Ao formalizar os investimentos ontem, em Belo Horizonte, o presidente do conglomerado, André Gerdau Johannpeter, informou que a produção adicional ao minério de ferro que a companhia já explora em Minas para abastecer os fornos da siderúrgica Gerdau Açominas, de Ouro Branco, terá como destino tanto o mercado brasileiro quanto o exterior.

A siderúrgica sairá de um volume estimado de 11,5 milhões de toneladas de minério de ferro no ano que vem para 24 milhões de toneladas dentro de sete anos. “Quando chegarmos à produção de 24 milhões de toneladas, a empresa terá um tamanho importante, mas a nossa meta é oferecer qualidade, ter rentabilidade e atender o cliente, e não tanto o tamanho da operação”, afirmou André Gerdau. Parcela de R$ 150 milhões do orçamento anunciado será investida num centro de industrialização e distribuição de aços planos em Minas. A empresa ainda não definiu o local onde implantará o empreendimento.

Os investimentos na expansão da produção de ferro compreendem a ampliação de uma das duas atuais unidades de tratamento do minério , com conclusão prevista para o fim de 2016, e a construção de uma planta com capacidade para beneficiar 12 milhões de toneladas por ano a partir de 2020. Já em 2014, a Gerdau fará o segundo embarque de minério excedente das jazidas mineiras, com volume expressivo, segundo o presidente do grupo, que preferiu não comentar os contratos que estão sendo negociados.

A expectativa é de que a companhia produza 11,5 milhões de toneladas de minério de ferro, das quais a Gerdau Açominas consumirá até 7 milhões de toneladas. “Vai depender (a venda) do momento do mercado. Não há um cliente só. Pode ser doméstico ou no exterior”, disse André Gerdau.

Os recursos reservados para a siderurgia darão impulso à atuação recente da Gerdau no comércio de aços planos, chapas, bobinas e perfis consumidos pelos fabricantes de automóveis e eletroeletrônicos. André Gerdau destacou, na solenidade de assinatura de acordo firmado com o governador de Minas, Antonio Anastasia, que os recursos viabilizam dois dos maiores planos da história do grupo. As operações no estado detêm cerca de 40% dos investimentos da companhia no mundo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- ANASTACIA PEDE RAPIDEZ EM VOTAÇÃO SOBRE MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO

Para Anastasia, o aumento na arrecadação com o novo marco regulatório da mineração "não é revolucionário, mas ajuda"



Anastasia se reuniu com Henrique Alves (D), em Brasília

O marco regulatório da mineração deverá ser votado na Câmara dos Deputados no dia 10. O anúncio foi feito nessa quarta-feira pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), durante encontro com o governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia (PSDB), que foi ao Congresso Nacional pedir aos deputados que votem o texto. Se aprovado, o marco aumentará de aproximadamente R$ 300 milhões para até R$ 900 milhões a receita de Minas Gerais com os royalties do minério de ferro.

O tucano afirmou haver consenso em torno do relatório sobre o marco regulatório do setor e que, por isso, o importante no momento é colocar o texto em votação. As mudanças, conforme Anastasia, atendem o setor produtivo, estados e municípios. "Sempre virão aperfeiçoamentos. Agora no plenário (da Câmara) e em seguida no Senado, mas o importante agora é essa solicitação que foi feita ao presidente da Câmara no sentido de votar", afirmou o governador.

Para Anastasia, o aumento na arrecadação "não é revolucionário, mas ajuda". O governador descartou a possibilidade de surpresas em relação ao governo federal sobre possíveis vetos a pontos do texto, e lembrou de compromisso feito pela presidente Dilma Rousseff em relação à aprovação do projeto. "Tivemos uma demora no envio do texto ao Congresso, mas veio até com regime de urgência, que depois foi retirado a pedido da Câmara", lembrou o governador. Lucas Prado Kallas

Na avaliação de Anastasia, os recursos dos royalties da mineração precisam ser direcionados exclusivamente aos estados e municípios onde existe a atividade. Parte dos deputados defende a ida dos recursos para todos os estados e municípios. "A divisão para todos torna esse royalty simbólico, desaparece", argumentou. Lucas Kallas

Apesar da promessa do presidente da Câmara de que o texto será votado em dezembro, o aumento da arrecadação de Minas Gerais com a extração de minério ainda vai demorar, já que não há previsão para apreciação do projeto no Senado. Lucas Kallas Mineração

MUDANÇAS A expectativa é de que, entre as modificações que podem ser feitas no projeto em plenário, esteja a sugerida por parlamentares do PMDB, que defendem taxa de 10% sobre a produção mineral por meio da participação especial, uma forma de cobrança extra para as jazidas que tiverem alto rendimento na extração, e a manutenção do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Para integrantes da comissão especial que analisou o marco regulatório, porém, a cobrança dos 10% poderia inviabilizar a produção mineral no país.
Lucas Prado Kallas Mineração

Por outro lado, o que já está praticamente certo que não vai mudar é a alteração na alíquota da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), que passará de 2% para 4%, e a mudança na forma como é feita a cobrança, que passará a incidir sobre o faturamento bruto das empresas e não mais no faturamento líquido.

Blog Lucas Prado Kallas- VALE ENCERRA DISPUTA DE R$ 45 BILHÕES COM A RECEITA FEDERAL

MINERADORA DECIDE ADERIR AO REFIS. MAIOR PRODUTORA DE MINÉRIO DE FERRO DO MUNDO PAGARÁ R$ 5,9 BILHÕES AO GOVERNO NO FINAL DESTE MÊS E OUTROS R$ 16,4 BILHÕES PARCELADOS EM 179 MESES Lucas prado kallas

Vale Minério de ferro (Foto: Divulgação)
Vale encerrou nesta quarta-feira (27/11) uma disputa de R$ 45 bilhõescom a Receita Federal. A mineradora decidiu aderir ao Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e pagar débitos referentes ao imposto de renda e CSLL de suas controladas e coligadas sobre o lucro gerado no exterior entre 2003 e 2013. Até então, a empresa não reconhecia a dívida. Lucas Kallas
A adesão ao Refis implicará em pagamento ao governo de R$ 5,96 bilhões até o final deste mês e de outros R$ 16,4 bilhões divididos em 179 meses, com as parcelas corrigidas pela Selic. Segundo Murilo Ferreira, presidente da Vale, a redução do montante da dívida foi o que possibilitou o acordo. "As condições propostas viabilizaram considerável redução dos valores em discussão, sendo a decisão de aderir ao Refis consistente com nosso objetivo de eliminar incertezas e liberar esforços para a concetração na gestão dos negócios da Vale". Lucas Prado Kallas Mineração
A empresa afirma que a quitação do imposto não irá requerer aumento do endividamento da Vale, nem mudanças significativas na programação financeira. Lucas Kallas Mineração
O total da dívida da mineradora com o fisco entre os anos de 2003 e 2012 foi estimado em R$ 45 bilhões pela Receita Federal - R$ 17 bilhões de principal, R$ 9,8 bilhões de multa, R$ 11,99 bilhões de juros e juros sobre multas e R$ 6,01 bilhões de encargos.
A Vale estima em R$ 20,7 bilhões o impacto sobre o lucro apurado em suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2013, em função do reconhecimento da dívida.

Blog Lucas Prado Kallas- Rio Tinto aumentará produção de minério de ferro em 20% até 2017

 Vale vai aderir ao programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis) do governo federal, que reduzirá à metade o contencioso de 45 bilhões de reais relativo à tributação do lucro de suas subsidiárias no exterior. Lucas Kallas

A companhia informou na noite desta quarta-feira que a adesão ao Refis implica pagamento de 5,965 bilhões de reais no fim do mês para a Receita Federal, engordando o caixa do governo, e de 16,36 bilhões de reais parcelados em 179 meses--no valor total de face estimado em 22,325 bilhões de reais. Lucas Prado Kallas
"As condições propostas viabilizaram considerável redução dos valores em discussão, sendo a decisão de aderir ao Refis consistente com nosso objetivo de eliminar incertezas e de liberar esforços para a concentração na gestão dos negócios da Vale", disse o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em fato relevante. Lucas Prado Kallas mineração
A decisão, anunciada pela empresa a dois dias do prazo final para a adesão ao Refis, se refere ao pagamento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de controladas e coligadas no exterior no período de 2003 a 2012.
Ao aderir ao programa, a companhia está desistindo de ações na Justiça relativas ao período compreendido pelo programa, mas manterá os processos referentes aos anos de 2002 e 2013, disse o executivo.
"Não estamos abrindo mão, não estamos desistindo de nenhuma tese ... Qualquer decisão futura na Justiça que beneficie empresas em relação a impostos sobre lucros no exterior poderá ser aplicada à Vale", afirmou em teleconferência com jornalistas Murilo Ferreira.
A Vale poderá inclusive interromper o pagamento ao governo se houver decisão favorável às multinacionais brasileiras no julgamento do mérito da cobrança pelo Supremo Tribunal Federal (STF), explicou o executivo.
Várias multinacionais brasileiras contestam a cobrança de tributos sobre o lucro de coligadas no exterior pelo governo brasileiro. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) está sendo analisada pelo STF. As empresas alegam que a cobrança implica bitributação, com taxação de lucros no exterior e também no Brasil.
Impacto no Lucro
A segunda maior mineradora do mundo estima que a adesão ao Refis terá impacto de 20,725 bilhões de reais sobre o lucro apurado em 2013.
"O pagamento do imposto será financiado por nosso fluxo de caixa operacional, não requerendo elevação de endividamento, nem tampouco provocará mudanças significativas em nossa programação financeira", acrescentou o executivo.
A Vale também disse acumulou lucro suficiente nos anos recentes para continuar pagando dividendos, mesmo assumindo a dívida com o fisco.

Blog Lucas Prado Kallas- Rio Tinto aumentará produção de minério de ferro em 20% até 2017

MELBOURNE/PERTH, 28 Nov (Reuters) - A mineradora global Rio Tinto, que tem como meta ultrapassar a Vale como a maior fornecedora de minério de ferro do mundo, divulgou planos para aumentar sua capacidade de minas em 20 por cento até 2017, rumo a 360 milhões de toneladas por ano. Lucas Kallas
O aumento chega em meio a uma corrida no setor para produzir mais minério de ferro, e foi projetado para resultar em uma economia de 3 bilhões de dólares em custos de desenvolvimento à Rio Tinto ao trabalhar suas minas existentes com mais intensidade, ao invés de usar novas minas. Lucas Prado Kallas
O caminho mais barato para o crescimento surge conforme a segunda maior mineradora de minério de ferro do mundo enfrenta pressão para cortar custos, reduzir investimentos, cortar dívidas e impulsionar os retornos para acionistas em um cenário de preços mais fracos de commodities.
A Rio Tinto planeja entregar a maior parte do crescimento nos próximos dois anos, tendo como meta chegar a 40 milhões de toneladas de produção adicional até 2015. Lucas Prado Kallas mineração
A expansão resultará em mais de 60 milhões de toneladas extras até 2017 sobre uma base de 290 milhões de toneladas. Mas a movimentação da Rio Tinto para o topo do ranking pode ter vida curta. A Vale tem como meta atingir uma produção de 480 milhões de toneladas ao ano até 2018, ante 306 milhões de toneladas neste ano.
O vice-presidente da divisão de minério de ferro da Rio Tinto, Andrew Harding, disse que a expansão está sendo impulsionada por fundamentos atrativos de longo prazo para o minério de ferro, sustentados por urbanização e crescimento da renda nos países em desenvolvimento, particularmente na China.
(Por Sonali Paul e James Regan)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- CHINA INCENTIVARÁ DEMANDA POR COMMODITIES


A nova agenda política chinesa proposta pela última reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês vai incentivar uma demanda robusta por commodities nos próximos anos, afirmou o presidente da Rio Tinto Jan Du Plessis. Ele ressalta, no entanto, que ainda podem se passar semanas antes da compreensão completa sobre as implicações das mudanças sugeridas. Lucas Prado Kallas

"O documento é muito detalhado e é, portanto, difícil de medir quais são as implicações imediatas, mas o texto dá muitos sinais positivos, inclusive a promessa de abertura das fronteiras interiores e da reforma territorial", disse o chairman em um evento de negócios em Sidney. Lucas Kallas

Ele afirmou também que a economia europeia continua sofrendo com problemas estruturais. "As dificuldades econômicas pelas quais estão passando os países da periferia da Zona do Euro, especialmente os do sul da Europa, não devem ser subestimados", acrescentou du Plessis. 

Fonte: Dow Jones Newswires. Lucas Kallas Biogold


Blog Lucas Prado Kallas- BANCO DO BRASIL TERÁ R$ 180 BILHÕES PARA INFRAESTRUTURA

Banco do Brasil
Dono da maior carteira de crédito entre os bancos brasileiros, com 21% de participação no total, o Banco do Brasil (BB) pretende avançar no financiamento de projetos de infraestrutura em 2014. O banco teria R$ 180 bilhões para alavancar sua carteira de crédito, segundo projeções de mercado.

Este aumento seria possível com a utilização de uma folga em sua estrutura de capital. O banco tem hoje mais capital do que o "colchão" exigido pelas regras internacionais do acordo Basileia III (que define a relação entre empréstimos e capital que um banco deve ter). Hoje, este "colchão" do Banco do Brasil é de 15,9% e pode ser reduzido para 13%. Lucas Prado Kallas
Estes recursos reforçarão os planos do banco para apoiar empresas e projetos nas áreas de petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e mobilidade urbana. "Vamos fazer sem comprometer nível de capital exigido", disse o vice-presidente de Atacado e Negócios Internacionais do BB, Paulo Caffarelli, ao Estado. Lucas Kallas
O Banco Central exige hoje um "colchão" de 11% - Basileia prevê 8%, mas elevará esse índice a 13% até 2019. Lucas Kallas Mineração

Caffarelli informa que o banco centrará esforços nas principais frentes de atuação no mercado corporativo. Desde atividades de assessoria financeira ("advisor"), passando pela estruturação de projetos e o auxílio a companhias no mercado de dívida privada via emissão de debêntures, até operações de participação acionária em empresas ("private equity").
Fatia de mercado. O banco costura, ainda, um Fundo de Investimento em Participações (FIP) ao redor de R$ 15 bilhões com outros parceiros para ampliar as apostas na infraestrutura.
Caffarelli calcula em R$ 1,5 trilhão o volume de recursos dos programas federais na área até 2018. O BB quer uma fatia de 10% desse mercado nascente e trabalha para elevar sua carteira de infraestrutura dos atuais R$ 94 bilhões a R$ 150 bilhões nos próximos cinco anos. "Só em petróleo e gás serão R$ 311,5 bilhões em navios, sondas, plataformas e estaleiros", diz. Em energia, o BB projeta um mercado de R$ 100 bilhões. Em aeroportos, serão R$ 20 bilhões. Rodovias e ferrovias demandarão R$ 62 bilhões.
Além disso, a subsidiária BB Banco de Investimentos dedica-se a estruturar um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fidc), cujas cotas são vendidas aos chamados investidores qualificados, para entrar nos consórcios vencedores dos leilões das concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos.
Os leilões das BRs 163 e 040, marcados pelo governo para este ano, devem contar com participação efetiva do BB por meio de financiamento em conjunto com outros bancos. O tema tem sido debatido à exaustão com governo e bancos privados.
A intensa movimentação do BB na área de infraestrutura tem como objetivo aumentar a participação dos investimentos realizados por seus clientes Pessoas Jurídicas. Hoje, 26% da carteira de pessoas jurídicas, que somou R$ 300 bilhões em junho, é dedicada a investimentos.
Ainda predominam os financiamentos ao capital de giro, com 29% do total. "Essa relação vai mudar muito rapidamente nos próximos anos. Teremos os investimentos como carro-chefe dessa carteira", prevê Caffarelli.

Blog Lucas Prado Kallas- DUAS AUDIÊNCIAS SEPARAM BAMIN DA LI DO TERMINAL PORTUÁRIO

 A Bamin vai realizar nos dias 12 e 13 de dezembro as duas últimas audiências públicas, em Ilhéus e em Itabuna, ambas na Bahia, sobre o projeto para o terminal portuário em Ilhéus. A mineradora, disse o presidente da empresa José Francisco Viveiros, já gastou mais de R$ 1 milhão em sete audiências no estado, uma delas com mais de 4 mil pessoas.
As duas audiências adicionais foram feitas de acordo com pedido do Ministério Publico, afirmou Viveiros que participou hoje de uma conferência sobre minério de ferro no Rio de Janeiro.

A Bamin fez um acordo recente com MPF para a organização das novas audiências. O MP entendeu que o licenciamento não foi feito da forma adequada para o porto. Segundo Viveiros, pode ser que surjam novas condicionantes depois desses encontros. A expectativa do executivo é que a Licença de Implantação (LI) seja obtida no início de 2014.

Tanto o porto quando a mina devem obter Licenças de Operação (LO) em 2016. A LI da mina data de 2010. Lucas Kallas Mineração

Sobre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), Viveiros disse que o contrato de Operador Ferroviario Privado (OFP) com a Valec, que constrói a ferrovia, está assinado e prevê cláusulas de take or pay. Lucas Kallas

Quando a mineradora entrar em ritmo de produção de 17Mtpa ou 18Mtpa, conforme segunda fase do projeto, será necessária a ferrovia para escoar a minério de ferro. Trens com lotes de 10 mil toneladas vão levar o minério em um percurso de 543 quilômetros para o terminal de Aritaguá. Segundo dados de 2011, o valor do contrato era de R$ 250 milhões por ano. Lucas Prado Kallas
“É um projeto conturbado, mas está avançando aos poucos, e deve ser concluído em um prazo que vai nos atender”, disse Viveiros sobre a construção da Fiol. Segundo ele, o projeto tem avanço de 27,9%.

A ferrovia ainda não tem trilhos, somente obras de viaduto, drenagem e infraestrutura. Os dormentes estão sendo fabricados, em concreto, mas ainda não foram lançados.

A ferrovia será operada pela Bamin com equipamentos próprios, locomotivas e material rodante.
Atualmente, a Bamin produz 300mtpa que percorrem 41 quilômetros do projeto Pau de Ferro até o terminal rodoferroviário onde a carga é embarcada em lotes de 2000 t em trens da Ferrovia Centro Atlântica.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- CHINA INCENTIVARÁ DEMANDA POR COMMODITIES

A nova agenda política chinesa proposta pela última reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês vai incentivar uma demanda robusta por commodities nos próximos anos, afirmou o presidente da Rio Tinto Jan Du Plessis. Lucas Kallas

Ele ressalta, no entanto, que ainda podem se passar semanas antes da compreensão completa sobre as implicações das mudanças sugeridas.

"O documento é muito detalhado e é, portanto, difícil de medir quais são as implicações imediatas, mas o texto dá muitos sinais positivos, inclusive a promessa de abertura das fronteiras interiores e da reforma territorial", disse o chairman em um evento de negócios em Sidney.

Ele afirmou também que a economia europeia continua sofrendo com problemas estruturais. "As dificuldades econômicas pelas quais estão passando os países da periferia da Zona do Euro, especialmente os do sul da Europa, não devem ser subestimados", acrescentou du Plessis. Fonte: Dow Jones Newswires. Lucas Kallas Mineração Lucas Prado Kallas

Blog Lucas Prado Kallas- COTAÇÕES EM BAIXA TORNAM O OURO UMA OPÇÃO PARA QUEM ESTÁ MONTANDO SUA CARTEIRA DE OLHO NO ANO QUE VEM

Desde criança, o investidor profissional Renato Schindler é fascinado por moedas de ouro. Com o passar dos anos, porém, o sonho de nadar em uma piscina como a do personagem de quadrinhos Tio Patinhas deu lugar à vontade de ganhar dinheiro com os ativos. Uma fatia significativa de seu patrimônio ? não revelado ? está investida em ouro e imóveis. O desempenho tem sido reluzente: Schindler viu a sua carteira render 300% nos últimos dez anos. ?A estratégia é simples: compre na baixa e venda na alta?, diz. No entanto, o desempenho exorbitante não se justifica simplesmente pelas operações acertadas. O investidor recebeu uma mãozinha da crise econômica. 
Conhecido como proteção patrimonial em tempos de crise, o ouro voltou a ser um porto seguro para os investidores ? bancos centrais incluídos ? que sofreram com a quebra do Lehman Brothers, em 2008. Não por acaso, o metal foi o ativo mais rentável no auge da turbulência financeira. As cotações em Nova York chegaram ao máximo de US$ 1.900 por onça-troy (31,1 gramas) em setembro de 2011, após os atentados terroristas de 11 de Setembro. Passados cinco anos do início da crise financeira, o ouro continua em patamares elevados. Fechou cotado a US$ 1.275 em Nova York na terça-feira 19. 
 
No entanto, os especialistas acreditam que há espaço para novas altas. ?O ouro teve um ano difícil, os preços não haviam caído desde 2000?, afirma Ernesto Rahmani, sócio-diretor da Tática Asset Management. No ano, até 19 de novembro, as cotações em Nova York caíram 24,5%, ao passo que o preço do grama negociado na BM&FBovespa recuou 16,6%. ?As nuvens sobre os Estados Unidos começaram a se dissipar e, com isso, todos os indicadores melhoraram?, diz Rahmani. A queda foi amplificada por temores de uma inundação do metal no mercado. No início do ano, a crise da dívida europeia ameaçou quebrar os bancos da ilha de Chipre. Lucas Prado Kallas
A perspectiva de que o banco central cipriota usasse suas reservas para fazer dinheiro rápido e honrar os seus compromissos assustou os investidores. ?O medo era de que mesmo economias mais robustas, como a de Portugal, seguissem o mesmo caminho?, afirma Edson Magalhães, diretor de operações da corretora paulista Reserva Metais. Influenciados por esses movimentos, grandes investidores como George Soros, cuja fortuna está avaliada em US$ 20 bilhões, anunciaram que iam vender seu ouro. Isso provocou um inevitável efeito manada. A demanda pela commodity caiu 37% no terceiro trimestre, segundo um relatório do World Gold Council divulgado no início de novembro. Lucas Kallas
 
Com isso, as compras de ouro, tanto como investimento quanto para usos industriais, médicos e decorativos, recuaram de US$ 58,4 bilhões, entre julho e setembro de 2012, para US$ 37 bilhões no mesmo período de 2013. Apenas os resgates dos fundos dedicados ao metal com cotas negociadas em bolsa, os Exchanged Traded Funds (ETFs), representaram vendas de US$ 5 bilhões nesse período. O bilionário americano John Paulson, fundador da Johnson & Co, foi um dos que fizeram esse movimento. Gestor de fundos de hedge, Paulson é conhecido pelas tacadas certeiras e arriscadas. 
Ele apostou contra o mercado imobiliário americano em 2007 e lucrou US$ 3,7 bilhões. O executivo, cuja fortuna chega a US$ 11,4 bilhões, continua um entusiasta da commodity, mesmo que ela tenha feito sua fortuna emagrecer US$ 1 bilhão neste ano. O megainvestidor espera que a inflação volte a subir com a retirada dos estímulos monetários pelo banco central americano. Além disso, ele é republicano; então, sempre vai apostar contra a administração de Barack Obama?, completa Magalhães. Nesse cenário, o investidor deve seguir os passos de Soros ou apostar em uma recuperação como Paulson? Segundo os especialistas, é hora de aproveitar o preço baixo e comprar. Lucas Prado Kallas Mineração
 
O ano que vem deve ser turbulento devido à redução da ajuda americana aos bancos, o que deve afetar o câmbio e fazer o ouro subir de preço no Brasil?, diz Rahmani. Isso porque a cotação em bolsa depende do preço internacional e do dólar. ?A sugestão não é que o investidor compre toda sua carteira em ouro, mas algo entre 5% e 10% da carteira; assim, terá menos volatilidade.? Não são apenas os eventos externos que devem determinar o preço do metal no ano que vem. O fato de o Brasil ter eleições pode elevar o câmbio. ?Espero o dólar acima de R$ 2,50 e há espaço para a valorização do ouro lá fora?, diz Magalhães. Schindler concorda. ?Acho que o ouro continuará subindo; afinal, todo mundo precisa de uma apólice de seguro.?

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- LACERDA FUNDIDOS FINALIZA APORTE DE R$ 20 MILHÕES EM DIVINÓPOLIS

A Lacerda Fundidos, que atua no fornecimento de peças para vias permanentes, vagões e locomotivas, deve finalizar o investimento da ordem de R$ 20 milhões na construção de uma nova planta para fabricar e reformar vagões em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, no primeiro trimestre de 2014.

A plataforma de aproximadamente 9 mil metros quadrados de área construída está sendo erguida em um terreno de 32 mil metros quadrados e deve receber as atividades de laminação até o final deste ano. "A fundição deve ser transferida para as novas instalações no começo de 2014", disse o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo César dos Santos. Lucas Prado Kallas

Conforme já informado pela empresa, a planta terá capacidade para reformar de 30 a 50 vagões por mês. Além disso, a unidade pode, a partir de 2015, fabricar 300 vagões por ano. A nova plataforma também produzirá peças para os setores de mineração e siderurgia.

O investimento vai proporcionar um salto no número de empregos que a empresa gera atualmente, passando dos atuais 95 funcionários para 150 trabalhadores, assim que a planta entrar em operação. E, para o próximo ano, a projeção é que mais 100 pessoas sejam adicionadas ao efetivo. Lucas Kallas

A Lacerda Fundidos já fornece algumas peças e reforma vagões para importantes grupos do setor, como a MRS Logística, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e a própria Vale. A expansão está atrelada à expectativa positiva em decorrência dos investimentos anunciados para implementar a infraestrutura ferroviária do país pelo governo federal entre o final de 2012 e o começo deste ano.
Mercado - O governo federal já anunciou que o transporte ferroviário deve receber aportes de R$ 91 bilhões na construção de 10 mil quilômetros de ferrovias nos próximos anos. Só os ramais que cortam Minas Gerais, por sua vez, devem ficar com pelo menos R$ 30 bilhões, chegando a um total próximo de 3 mil quilômetros de trilhos.

A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) estima que só as concessionárias de ferrovias deverão investir a cifra recorde de R$ 5 bilhões na malha nacional neste ano, 2% a mais que em 2012. Entre 2013 e 2015, os aportes chegam a R$ 16 bilhões.

Diário do Comércio

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- MINERAÇÃO PODERÁ DIMINUIR A EMISSÃO DE CO2 NA ATMOSFERA

A mineração poderá ser a solução para a diminuição da emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Uma equipe de pesquisadores tenta provar que é economicamente viável armazenar dióxido de carbono em material rochoso, como blocos de cimento e materiais de enchimento de minas, e aproveitá-lo na construção civil. Nos próximos quatro anos, na Austrália, um time de cientistas investigará o assunto. Lucas Prado Kallas
A técnica deve criar uma reação entre os minerais e o CO2 capturado para geração de um material sólido. Para que o processo seja exequível, é necessário obter os minerais onde será inserido o dióxido de carbono. "Sim, será preciso mais mineração [e] a indústria mineira poderá tornar-se uma grande parte da solução", informou a Mineral Carbonation International (MCI), entidade responsável pelo projeto.
O processo é chamado de carbonização mineral. Segundo Geoff Brent, cientista da Orica, uma das três instituições, além da Universidade de Newcastle, na Austrália, que fundaram a MCI, o objetivo é cortar e aproveitar pelo menos 70% do dióxido de carbono (CO2) emitido por centrais elétricas alimentadas a carvão.
A técnica depende da instalação de um sistema de captura do CO2 e de uma subsequente central de carbonização. O dióxido de carbono capturado é submetido à carbonização mineral com silicatos de magnésio, como a serpentina.
Todos os elementos são comprimidos e aquecidos a altas temperaturas, sem a presença de oxigênio, para que o CO2 passe de gás a material sólido, explicou o cientista em uma entrevista ao website do jornal português I.
Para transformar o gás num tijolo, o elemento fundamental é o serpentinito, um dos minerais da família da serpentina. Composto por magnésio e ferro, a rocha é "esmagada e aquecida" para libertar água, que depois é "comprimida com o CO2 para acelerar o processo natural de carbonização". O resultado acaba "por formar uma areia de magnésio", da qual se formam outros materiais, explicou, em comunicado, a MCI.
Cada tijolo, apontou Geoff Brent, será composto por "10% a 20% de massa de CO2". Os custos inerentes ao processo ainda serão definidos. A meta inicial é que o custo seja inferior a 51 euros por tonelada de CO2 "evitada".
Apesar de prever e reconhecer uma possível valorização da mineração, a entidade garantiu que "a escala de mineração necessária para este processo será menor" que a utilizada atualmente na produção de carvão. Lucas Prado Kallas
Os investigadores afirmaram que a mineração necessária para “assegurar todo o CO2 produzido pelo carvão" será apenas metade da quantidade total de rocha extraída para fabricar o carvão, responsável por produzir o dióxido de carbono em questão. Em parte porque o material rochoso que sobra do processo de carbonização será devolvido às minas.
Fonte
Notícias de Mineração Brasil

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- BIOGOLD DESCOBRE NOVA JAZIDA DE FERRO NA BAHIA

Uma nova jazida de minério de ferro foi descoberta no município de Itororó, a 110 quilômetros de Itabuna (BA). A empresa responsável pela prospecção da área é a Mineração Biominer, que faz parte do fundo de investimento Biogold. A região conta com grandes mineradoras como Vale e Bahia Mineração.
Segundo informações da imprensa local, há alguns meses os proprietários da Fazenda Pancadinha foram procurados por empresas interessadas em pesquisar a área, entre elas a Biogold e a Sondagem Brasileira.

Estudos por satélite apontam a possibilidade de existência de depósitos de ferro na região e apontaram a fazenda como um possível local de exploração.

A Biominer, que possui cerca de 200 direitos minerários no Brasil, foi autorizada a começar os estudos na fazenda. O objetivo seria confirmar a existem de uma jazida, sua extensão e dimensões. Os estudos já estão na segundo fase de desenvolvimento.

Ainda não foram divulgados os resultados dos estudos e não há data prevista para o início das operações. Porém há estimativas de que a extração possa começar em cinco anos. A Biogold não é listada em bolsa de valores, logo, não tem obrigação de divulgar resultados de exploração mineral.

De acordo com informações divulgadas pelo website Bahia Notícias, empresas de outros países como Canadá e China, estariam interessadas em explorar a área.

O sudoeste baiano está sendo bastante visado por mineradoras devido às suas jazidas de minério de ferro. A Bahia Mineração é dona de um dos maiores projetos da região. O projeto prevê a extração de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, quando a mina estiver em plena capacidade, o que deve acontecer em 2016. A Vale e a Gerdau também possuem direitos minerários na região.

A Biogold faz a análise de investimentos de projetos de mineração que serão incorporados ao portfólio da companhia. De acordo com dados da companhia, o fundo Biogold possui hoje mais de 200 processos minerários ativos, além de deter a integralidade das ações de catorze empresas do setor mineral, cada uma dedicada a um projeto específico, em diversos Estados brasileiros.

Os setores minerais de maior importância atualmente para a Biogold são ouro, ferro e fosfato nos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Mato Grosso.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- BIOCOMBUSTÍVEIS ENTRAM NA PAUTA DAS MINERADORAS

BIOCOMBUSTÍVEIS ENTRAM NA PAUTA DAS MINERADORAS

De olho na diminuição das emissões de carbono e nas vantagens econômicas da utilização de combustíveis limpos em sua produção, indústrias dos mais variados segmentos têm investido em alternativas energéticas mais viáveis. Só no primeiro semestre, o setor foi responsável por cerca de 40% do consumo de energia nacional. Em contrapartida, no ano passado, mais de US$ 8 bilhões foram aplicados em negócios voltados para o incremento das fontes renováveis no Brasil, segundo a consultoria Bloomberg New Energy Finance.
Mais que pensar na autogeração, empresas brasileiras começam a ver na inserção de biocombustíveis – no processo produtivo e na logística – um aliado importante para a sustentação dos negócios. A mineração tem um dos exemplos mais destacados entre os segmentos industriais. Altamente dependente de combustíveis fósseis, principalmente petróleo e gás natural, a atividade é alvo de críticas pela opinião pública e vista com receio por parte dos governos em virtude de seus altos impactos ambientais nos processos de extração e beneficiamento.
Com papel fundamental na economia brasileira, a mineração representa quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 20% do total de exportações. Nos últimos anos, o crescimento dos mercados emergentes, sobretudo do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), vêm provocando efeitos positivos sobre as contas do segmento. Nos dez primeiros anos do século, a produção mineral brasileira cresceu 550%, com o faturamento saltando de US$ 7 bilhões em 2001 para mais de US$ 50 bilhões em 2011. Ao mesmo tempo, o consumo baseado em óleo combustível para processos de mineração e pelotização caiu para menos da metade, segundo dados do Balanço Energético Nacional.
Para o analista internacional Julio Cesar Pinguelli, as substituições pontuais são uma tendência para o segmento. “Uma mudança na matriz energética é algo que envolve muitas questões mais delicadas, que demandam tempo e novas percepções da sociedade e do governo. Além disso, as renováveis não têm escala nem escopo para fazer frente à indústria do petróleo”, avalia. Ainda assim, a inserção gradativa pode ter viés positivo nos dois lados ao estimular o mercado de biocombustíveis e, com a diminuição da demanda, colaborar para a permanência do petróleo por mais tempo na matriz mundial. Segundo Pinguelli, esse argumento já foi evidenciado por estudos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mesmo com baixo índice de emissão de gases poluentes – o setor corresponde a 0,05% do total no Brasil –, as mineradoras têm atuado de maneira pró-ativa para minimizar os efeitos de suas atividades. “Quanto mais pudermos substituir os combustíveis fósseis por biocombustíveis, melhor”, garante o diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Rinaldo Mancin. As razões para iniciativas como essa passam por metas como de certificações ambientais, benefícios na imagem das empresas e economia de recursos na instalação, operação e desinstalação dessas empresas.
“Primeiro, há uma questão de rentabilidade. Se conseguimos energia mais barata, limpa e eficiente, temos maior economia e maior lucro. Em segundo lugar, é preciso entender que o mundo valoriza a ‘pegada ecológica’. Somos um setor que utiliza recursos naturais e depende deles para existir. Além disso, o cliente demanda práticas sustentáveis. Mercados externos privilegiam mineradoras com boa imagem, boas práticas de responsabilidade socioambiental. Sustentabilidade significa negócio para as mineradoras brasileiras”, assegura Mancin.
Diante da falta de oferta, Vale investe em produção própria.
Disposição para utilizar biocombustíveis não falta às mineradoras. O que falta é oferta para atender à ampla demanda do setor. É o que garante Ricardo Mancin, do Ibram. “Temos alta flexibilidade para incorporar esses produtos, das pequenas às grandes empresas. Essa só não é uma realidade consolidada porque não há produção de biocombustíveis na escala que precisamos”, argumenta. Essa questão é acompanhada de perto por empresas com centros de pesquisa mais desenvolvidos, que buscam soluções energéticas mais modernas.
À frente desse processo está a Vale, maior consumidora de diesel no País. A mineradora inaugurou, em junho, sua primeira fábrica de óleo de palma, localizada em Moju, no Pará. Até 2015, a empresa irá vender o material extraído para produtores de alimentos. Após esse prazo, a intenção é transformar o óleo em biodiesel B20 (20% de óleo de palma) para alimentar a indústria de mineração. A empresa estuda parceria com a Petrobras Biocombustível para o desenvolvimento do projeto, orçado em US$ 500 milhões. A ideia é aproveitar a construção de outra usina de biodiesel no Pará pela Petrobras Biocombustível, meta de seu Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 para atender a Região Norte, reforçando as relações entre as duas instituições.
Atualmente, o marco regulatório do setor prevê a mistura de 5% de biodiesel ao óleo B5, que tem composição predominante de diesel de origem fóssil. Com o óleo B20, a intenção é reduzir a emissão de gases poluentes da Vale em cerca de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) em 25 anos. Atualmente, representantes da cadeia produtiva tem cobrado do governo federal mais agilidade na definição de um novo percentual para o mercado brasileiro. “A grande responsabilidade por emissões de CO2 pelo petróleo, especialmente no setor de mineração, gera barreiras e entraves a sua utilização e uma maior necessidade de utilização de insumos que poluam menos e sejam renováveis, em função de demandas ambientais e de elevados custos de mitigação de impactos”, ressalta Pinguelli em artigo apresentado em setembro na segunda edição do Seminário Internacional de Gestão de Energia na Indústria da Mineração (Enermin).
Além da utilização de biocombustíveis como insumo no processo produtivo, o analista aponta a oportunidade de reduzir emissões no transporte rodoviário. “A substituição de óleo diesel por biodiesel é totalmente possível nesses motores. Há indícios, inclusive, de uma pré-disposição do setor em utilizar veículos abastecidos com biocombustíveis em toda sua logística de distribuição”, explica Julio Cesar Pinguelli.
Fonte
Website: Canal Bioenergia

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- ENCONTRO DEBATE PADRONIZAÇÃO DE DADOS DE INVESTIMENTO SOCIAL

A Fundação Vale foi um dos participantes do segundo encontro promovido pela Worldwide Initiative for Grantmaker Supportings (Wings),rede global de organizações que lideram o desenvolvimento da filantropia e do investimento social em âmbito mundial. Parte de uma série de encontros globais que busca pôr em debate diferentes visões sobre iniciativas filantrópicas e de responsabilidade social, o evento aconteceu em 4 e 5 de novembro, no Rio de Janeiro.
O principal objetivo da reunião foi finalizar a carta global de princípios sobre a coleta de dados do investimento social. A ideia é criar padrões aplicáveis em diferentes países, de modo que o conhecimento recolhido possa ser comparável em qualquer lugar do mundo. O texto foi baseado em debates ocorridos no primeiro encontro promovido pela Wings, em março deste ano, no Rio de Janeiro, e em uma consulta global realizada com organizações voltadas para investimentos sociais e ações filantrópicas das Américas do Norte do Sul, além de Ásia, África e Europa. O documento ainda será apresentado em eventos e conferências para validação.
Entre as instituições colaboradoras estão a Fundação Vale, a The Foundation Center e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife). “Participar dessa iniciativa coloca nossa fundação em contato com algumas das mais influentes instituições mundiais na área social. A padronização de informações relativas a investimentos sociais em diferentes países permitirá melhores decisões futuras e avaliação dos respectivos resultados, dois desafios importantes também vivenciados pela Fundação Vale e pela Vale”, ressaltou o diretor da Fundação Vale, Luiz Gustavo Gouvêa.
Fundação Vale

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Blog Lucas Prado Kallas- BAHIA DEVE SE TORNAR A 3ª MAIOR PRODUTORA DE MINÉRIO DO BRASIL

Serão investidos pelo menos R$ 21 bilhões em mineração nos próximos anos, somente no Estado da Bahia, segundo dados da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Caso os aportes aconteçam, a Bahia pode ultrapassar São Paulo e Goiás, na produção de recursos minerais e se consolidar como o terceiro maior produtor do país, até 2015, atrás apenas de Minas Gerais e Pará.
 “Mais de 40 tipos de minério são extraídos no estado, onde cerca de 350 empresas do setor atuam”, disse o diretor técnico da CBPM Rafael Avena Neto, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Hoje, a Bahia é o quinto Estado produtor de minerais no Brasil, com uma produção comercializada de quase R$ 3 bilhões por ano, de acordo com o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).
O investimento previsto para o setor mineral na Bahia, perde apenas para Minas Gerais e Pará. Ele representa 10% de todos os recursos aplicados em mineração no Brasil, segundo dados do DNPM. “Minas nordestinas que tinham produzido 50 anos atrás, e depois foram abandonadas, foram redescobertas e voltaram a ser exploradas agora, com o uso de tecnologias mais avançadas”, explica Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em matéria do Valor.
A Bahia Mineração (Bamin), foi responsável por um dos maiores investimentos em mineração no Estado. A empresa, que é controlada pela companhia do Cazaquistão Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), deve destinar US$ 3 bilhões para o desenvolvimento de uma mina de minério de ferro em Caetité.
O projeto envolve uma mina, a compra de vagões ferroviários para o escoamento do mineral e a construção de um terminal portuário privativo em Ilhéus, de onde o produto será exportado.
Segundo o projeto, a mineradora deverá extrair 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, quando a mina estiver em plena capacidade, o que deve acontecer em 2016. "Serão 5.000 empregos gerados durante a fase de construção e 2.500 no período de produção", diz José Francisco Viveiros, presidente da Bamin.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- FRACO MOVIMENTO CHINÊS DERRUBA FUTUROS DE MINÉRIO DE FERRO

O fraco movimento de recomposição de estoques de minério de ferro por parte das siderúrgicas chinesas fez com que os preços futuros da commodity caíssem pela terceira sessão consecutiva na China. A demanda lenta pelo aço também ajudou a contribuir para a queda dos futuros.
As usinas já estão enfrentando queda nos pedidos de inverno, devido ao consumo fraco nas regiões do norte do país, já que o frio interrompe os trabalhos de construção.
“Siderúrgicas estão tendo um mau momento e usando todos os meios para cortar custos ao manter os estoques de minério de ferro baixos e controlar as compras”, disse um operador de minério em Pequim, à agência Reuters, acrescentando que os estoques relativamente baixos poderiam evitar uma queda mais acentuada nos preços.

O contrato para entrega em maio, o mais ativo da bolsa de Dalian, atingiu a mínima de 936 iuanes (US$ 149) por tonelada na sessão, recuo de 2,1% ante a terça-feira, o nível mais baixo desde que o contrato passou a ser negociado na sexta-feira.

O valor equivale a cerca de US$ 127 após o desconto do imposto sobre valor agregado e outros custos. O contrato fechou com queda de 1,8%, a 939 iuanes.

O contrato é oferecido pela Dalian Commodity Exchange, em um lançamento que traduz tentativas chinesas de impulsionar o poder do país de precificar a segunda commodity mais negociada no mundo depois do petróleo, na medida em que o volátil mercado de minério de ferro expõe a legião de siderúrgicas chinesas a mais riscos. Trata-se do primeiro mercado futuro de minério de ferro denominado em iuan.

O preço de referência do minério de ferro no mercado à vista asiático caiu 0,07% para US$ 133,2 por tonelada nesta quarta-feira, de acordo com dados compilados pelo Steel Index.

“Siderúrgicas estão enfrentando um fluxo de caixa baixo e nós estamos tendo grandes dificuldades em vender estoque e pode ser que tenhamos prejuízos”, disse um operador de minério de ferro na província de chinesa de Xandong.
As informações são da agência Reuters.

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sábado, 9 de novembro de 2013

Blog Lucas Prado Kallas- POR QUE A CHINA QUER COMPRAR MINERADORAS DE OURO?

Leia mais um artigo da coluna Outcrop, publicada pelo Mining News Premium. O jornalista Robin Bromby explica que a exaustão iminente de minas de ouro faz com que a China estude a compra de mineradoras estrangeiras.
Está claro que a China tem encontrado dificuldades para manter sua produção doméstica de ouro. Na província de Shandong, os produtores tem que pagar cerca de US$ 17 por grama do metal. O valor parece baixo se analisado sob a perspectiva australiana, mas os chineses já estão claramente preocupados com a escalada de custos.

O jornal chinês China Daily causou fortes especulações na cidade de Zhaoyuan, conhecida no país asiático como a “capital do ouro”. A matéria publicada pelo veículo de comunicação trazia o título “Era de ouro está com os dias contados”.

Segundo informações da reportagem, a cidade tem 68 minas de ouro com reservas exploradas de 520 toneladas e produziu 33 toneladas do metal, no ano passado. Esse montante é equivalente a um sétimo da produção total de ouro do país, que de acordo com o China Daily é de 231 toneladas, ao contrário das 370 toneladas informadas pelo
 World Gold Council.

A publicação chinesa cita o diretor da agência municipal de ouro, que está preocupado com a exaustão das minas, que pode acontecer dentro de 15 anos, à medida que o país consegue aumentar a produção do metal.

O grupo chinês Shandong Gold Group fez um anúncio, recentemente, em que citou a intenção da China em aumentar a produção doméstica de ouro em 10%, no ano que vem. Isso explica o porquê do país estar tão sedento pelo metal, a ponto de espremer as minas para colocar suas mãos no ouro.

O curioso é que, até o momento, Pequim não se manifestou em relação ao ouro na mesma proporção em que faz por terras-raras, estanho e outros recursos para limitar a produção, com o intuito de preservar reservas. A justificativa pode ser o fato do ouro não se gastar, não ser consumido. Ao contrário do estanho, por exemplo, as barras de ouro vão durar para sempre.

As minas em Zhaoyuan diminuíram a produtividade média pela metade. Saiu de quatro gramas por tonelada para duas gramas por tonelada, enquanto que os custos continuam subindo por causa de equipamentos, energia e mão-de-obra.
O China Daily afirma que a China National Gold Group Corporation, empresa estatal, pretende comprar minas de ouro fora do país, como, por exemplo, a GoldCorp, do Canadá e a Newcrest Mining, da Austrália.
Entretanto, o Shandong Zhaojin Group, descrito pelo jornal como maior produtor de ouro da China, não estaria interessado em investir fora da Ásia. O presidente da empresa, Lu Dongshang, disse que prefere dar atenção a outras partes da China, em busca de ouro e prata.

“Isso evita riscos financeiros, condições complexas de entrada de mercado e regras de mão-de-obra em países cuja produção de ouro não estamos familiarizados, como Austrália, Brasil, Gana e Mongólia, explicou Dongshang.” Apesar dessa declaração, as mineradoras chinesas nunca tiveram problemas para se adaptar nestes países ou em outros.

Dongshang diz que sua empresa firmou
 joint ventures “sob supervisão do estado” em Gansu, Qinghai, Shannxi, Inner Mongolia e Xinjiang. O executivo também afirma que encontrou novas reservas de ouro de 223 toneladas, quantidade tímida diante da produção anual de ouro da Austrália.

Porém, não há dúvidas de que a China enfrenta uma crise de ouro. Basta analisar outro produtor local. O Shandong Gold Group, controlado pelo governo da província, é uma das 500 maiores empresas da China e afirma ser a 13ª maior mineradora de ouro do mundo. Se analisarmos as declarações recentes da empresa, é perceptível que a realidade é diferente.

O Shandong Gold passa por um processo em que deixa de ser uma empresa com ênfase em ouro para se transformar em uma mineradora de outros metais e expandindo para as regiões de Shanxi, Quinghai, Fujian, Hainan e Inner Mongolia.

O grupo planeja desenvolver a maior mina de molibdênio da China e construir, em Inner Mongolia, aquilo que chama de polo de chumbo e zinco, enquanto agiliza as fusões e aquisições de projetos na Mongólia, no Canadá, no Brasil, na África do Sul, na Austrália e no Cazaquistão. Aparentemente, sem se preocupar com a produção de ouro que não está familiarizada.

O jornal chinês afirma, com base em números da
 China Gold Association, que o país vendeu 706 toneladas de ouro, no primeiro semestre deste ano. Um aumento de 53,7% em relação a junho de 2012.

Esses números talvez tenham que ser analisados com certo ceticismo, a não ser que eles incluam produção local e a exportação por Hong Kong. É preciso aceitar que a demanda de ouro na China está crescendo, as minas do país se esgotando e os teores diminuindo. E nós nem levamos em conta os estoques do banco central chinês.

A última frase da matéria publicada pelo China Daily diz que “a China vai procurar, em todo o mundo, minas para comprar e que Newcrest certamente está lista de alguém”.

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