Um novo método de mineração poderá evitar o desperdício de metais preciosos durante o processo de desmonte e detonação. É o que afirma o R. E. Robinson, experiente coordenador de pesquisa e ex-diretor do Instituto Nacional de metalurgia da África do Sul, agora Mintek.
Segundo o pesquisador, o método conhecido como selected blast mining (SBM), ou detonação seletiva, tem o potencial de aumentar os ganhos da exploração de ouro e platina de maneira significativa, atingindo quase 100% do mine call factor (MCF).
Atualmente, uma alta porcentagem de metais preciosos não pode ser aproveitada, pois se espalha com a detonação. Isso se relaciona ao que os mineradores chamam de mine call factor, que é a diferença entre a quantidade de metal precioso in situe a quantidade efetiva de metal que é refinado.
De acordo com Robbie Robinson, o SBM tem o potencial de aumentar o MCF de maneira drástica, passando dos 70% de aproveitamento do ouro e 65% de platina para quase 100% em ambos os casos. “A parte fundamental disso é que se você usar SBM você evita a perda de ouro e/ou de platina", afirma o coordenador de pesquisa, que está associado à indústria da mineração sul-africana desde 1949.
O SBM é controlado por um software que transmite ondas de choque nas camadas da rocha e joga os resíduos para longe da galeria, deixando espaço para o material rochoso cair no chão, sem as perdas do metal precioso que ocorrem com os gases de explosão de alta velocidade, que dispersam partículas ultrafinas. Para o Robinson, o selected blast mining (SBM) pode ser testado em uma questão de meses e vir a se tornar uma prática comum da exploração de metais preciosos na África do Sul, dentro de um ano.
Robinson defende ainda a utilização de processamento hidrometalúrgico de platina, visando evitar o seu elevado custo de fundição.
Com informações da Revista Mining Weekly.
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