Leia mais um artigo da coluna Outcrop, publicada pelo Mining News Premium. O jornalista Robin Bromby explica que a exaustão iminente de minas de ouro faz com que a China estude a compra de mineradoras estrangeiras.
Está claro que a China tem encontrado dificuldades para manter sua produção doméstica de ouro. Na província de Shandong, os produtores tem que pagar cerca de US$ 17 por grama do metal. O valor parece baixo se analisado sob a perspectiva australiana, mas os chineses já estão claramente preocupados com a escalada de custos.
O jornal chinês China Daily causou fortes especulações na cidade de Zhaoyuan, conhecida no país asiático como a “capital do ouro”. A matéria publicada pelo veículo de comunicação trazia o título “Era de ouro está com os dias contados”.
Segundo informações da reportagem, a cidade tem 68 minas de ouro com reservas exploradas de 520 toneladas e produziu 33 toneladas do metal, no ano passado. Esse montante é equivalente a um sétimo da produção total de ouro do país, que de acordo com o China Daily é de 231 toneladas, ao contrário das 370 toneladas informadas pelo World Gold Council.
A publicação chinesa cita o diretor da agência municipal de ouro, que está preocupado com a exaustão das minas, que pode acontecer dentro de 15 anos, à medida que o país consegue aumentar a produção do metal.
O grupo chinês Shandong Gold Group fez um anúncio, recentemente, em que citou a intenção da China em aumentar a produção doméstica de ouro em 10%, no ano que vem. Isso explica o porquê do país estar tão sedento pelo metal, a ponto de espremer as minas para colocar suas mãos no ouro.
O curioso é que, até o momento, Pequim não se manifestou em relação ao ouro na mesma proporção em que faz por terras-raras, estanho e outros recursos para limitar a produção, com o intuito de preservar reservas. A justificativa pode ser o fato do ouro não se gastar, não ser consumido. Ao contrário do estanho, por exemplo, as barras de ouro vão durar para sempre.
As minas em Zhaoyuan diminuíram a produtividade média pela metade. Saiu de quatro gramas por tonelada para duas gramas por tonelada, enquanto que os custos continuam subindo por causa de equipamentos, energia e mão-de-obra.
O jornal chinês China Daily causou fortes especulações na cidade de Zhaoyuan, conhecida no país asiático como a “capital do ouro”. A matéria publicada pelo veículo de comunicação trazia o título “Era de ouro está com os dias contados”.
Segundo informações da reportagem, a cidade tem 68 minas de ouro com reservas exploradas de 520 toneladas e produziu 33 toneladas do metal, no ano passado. Esse montante é equivalente a um sétimo da produção total de ouro do país, que de acordo com o China Daily é de 231 toneladas, ao contrário das 370 toneladas informadas pelo World Gold Council.
A publicação chinesa cita o diretor da agência municipal de ouro, que está preocupado com a exaustão das minas, que pode acontecer dentro de 15 anos, à medida que o país consegue aumentar a produção do metal.
O grupo chinês Shandong Gold Group fez um anúncio, recentemente, em que citou a intenção da China em aumentar a produção doméstica de ouro em 10%, no ano que vem. Isso explica o porquê do país estar tão sedento pelo metal, a ponto de espremer as minas para colocar suas mãos no ouro.
O curioso é que, até o momento, Pequim não se manifestou em relação ao ouro na mesma proporção em que faz por terras-raras, estanho e outros recursos para limitar a produção, com o intuito de preservar reservas. A justificativa pode ser o fato do ouro não se gastar, não ser consumido. Ao contrário do estanho, por exemplo, as barras de ouro vão durar para sempre.
As minas em Zhaoyuan diminuíram a produtividade média pela metade. Saiu de quatro gramas por tonelada para duas gramas por tonelada, enquanto que os custos continuam subindo por causa de equipamentos, energia e mão-de-obra.
O China Daily afirma que a China National Gold Group Corporation, empresa estatal, pretende comprar minas de ouro fora do país, como, por exemplo, a GoldCorp, do Canadá e a Newcrest Mining, da Austrália.
Entretanto, o Shandong Zhaojin Group, descrito pelo jornal como maior produtor de ouro da China, não estaria interessado em investir fora da Ásia. O presidente da empresa, Lu Dongshang, disse que prefere dar atenção a outras partes da China, em busca de ouro e prata.
“Isso evita riscos financeiros, condições complexas de entrada de mercado e regras de mão-de-obra em países cuja produção de ouro não estamos familiarizados, como Austrália, Brasil, Gana e Mongólia, explicou Dongshang.” Apesar dessa declaração, as mineradoras chinesas nunca tiveram problemas para se adaptar nestes países ou em outros.
Dongshang diz que sua empresa firmou joint ventures “sob supervisão do estado” em Gansu, Qinghai, Shannxi, Inner Mongolia e Xinjiang. O executivo também afirma que encontrou novas reservas de ouro de 223 toneladas, quantidade tímida diante da produção anual de ouro da Austrália.
Porém, não há dúvidas de que a China enfrenta uma crise de ouro. Basta analisar outro produtor local. O Shandong Gold Group, controlado pelo governo da província, é uma das 500 maiores empresas da China e afirma ser a 13ª maior mineradora de ouro do mundo. Se analisarmos as declarações recentes da empresa, é perceptível que a realidade é diferente.
O Shandong Gold passa por um processo em que deixa de ser uma empresa com ênfase em ouro para se transformar em uma mineradora de outros metais e expandindo para as regiões de Shanxi, Quinghai, Fujian, Hainan e Inner Mongolia.
O grupo planeja desenvolver a maior mina de molibdênio da China e construir, em Inner Mongolia, aquilo que chama de polo de chumbo e zinco, enquanto agiliza as fusões e aquisições de projetos na Mongólia, no Canadá, no Brasil, na África do Sul, na Austrália e no Cazaquistão. Aparentemente, sem se preocupar com a produção de ouro que não está familiarizada.
O jornal chinês afirma, com base em números da China Gold Association, que o país vendeu 706 toneladas de ouro, no primeiro semestre deste ano. Um aumento de 53,7% em relação a junho de 2012.
Esses números talvez tenham que ser analisados com certo ceticismo, a não ser que eles incluam produção local e a exportação por Hong Kong. É preciso aceitar que a demanda de ouro na China está crescendo, as minas do país se esgotando e os teores diminuindo. E nós nem levamos em conta os estoques do banco central chinês.
A última frase da matéria publicada pelo China Daily diz que “a China vai procurar, em todo o mundo, minas para comprar e que Newcrest certamente está lista de alguém”.
Tags: Lucas Prado Kallas, Lucas Kallas, Lucas Kallas Biogold
“Isso evita riscos financeiros, condições complexas de entrada de mercado e regras de mão-de-obra em países cuja produção de ouro não estamos familiarizados, como Austrália, Brasil, Gana e Mongólia, explicou Dongshang.” Apesar dessa declaração, as mineradoras chinesas nunca tiveram problemas para se adaptar nestes países ou em outros.
Dongshang diz que sua empresa firmou joint ventures “sob supervisão do estado” em Gansu, Qinghai, Shannxi, Inner Mongolia e Xinjiang. O executivo também afirma que encontrou novas reservas de ouro de 223 toneladas, quantidade tímida diante da produção anual de ouro da Austrália.
Porém, não há dúvidas de que a China enfrenta uma crise de ouro. Basta analisar outro produtor local. O Shandong Gold Group, controlado pelo governo da província, é uma das 500 maiores empresas da China e afirma ser a 13ª maior mineradora de ouro do mundo. Se analisarmos as declarações recentes da empresa, é perceptível que a realidade é diferente.
O Shandong Gold passa por um processo em que deixa de ser uma empresa com ênfase em ouro para se transformar em uma mineradora de outros metais e expandindo para as regiões de Shanxi, Quinghai, Fujian, Hainan e Inner Mongolia.
O grupo planeja desenvolver a maior mina de molibdênio da China e construir, em Inner Mongolia, aquilo que chama de polo de chumbo e zinco, enquanto agiliza as fusões e aquisições de projetos na Mongólia, no Canadá, no Brasil, na África do Sul, na Austrália e no Cazaquistão. Aparentemente, sem se preocupar com a produção de ouro que não está familiarizada.
O jornal chinês afirma, com base em números da China Gold Association, que o país vendeu 706 toneladas de ouro, no primeiro semestre deste ano. Um aumento de 53,7% em relação a junho de 2012.
Esses números talvez tenham que ser analisados com certo ceticismo, a não ser que eles incluam produção local e a exportação por Hong Kong. É preciso aceitar que a demanda de ouro na China está crescendo, as minas do país se esgotando e os teores diminuindo. E nós nem levamos em conta os estoques do banco central chinês.
A última frase da matéria publicada pelo China Daily diz que “a China vai procurar, em todo o mundo, minas para comprar e que Newcrest certamente está lista de alguém”.
Tags: Lucas Prado Kallas, Lucas Kallas, Lucas Kallas Biogold
Somando o crescimento econômico, o aumento do poder aquisitivo da população e a proposta do People's Bank of China de relaxar as regras de comercialização do ouro, a demanda de ouro na China só tende a aumentar.
ResponderExcluirSegundo o WGC-World Gold Concil, est previsto um aumento de mais de 1.000t de ouro comprado pela China para o ano de 2013.