terça-feira, 11 de março de 2014

Lucas Prado Kallas -Brazil Minerals acerta transação com diamantes

lucas prado kallasA mineradora Brazil Minerals, baseada nos Estados Unidos, recebeu US$ 500 mil de dois compradores individuais norte-americanos como pagamento por diamantes polidos que serão entregues no período de um ano, conforme comunicado enviado ontem ao mercado. O mineral é produzido pela companhia no complexo Duas Barras, no Vale do Jequitinhonha.
De acordo com o comunicado, nos últimos dois meses a empresa recebeu cerca de US$ 1 milhão sem vender os estoques imediatos em operações bem-sucedidas, as quais foram levantados recursos para a compra de equipamentos de mineração para Duas Barras, além de outras finalidades.
O chief executive officer (CEO) da Brazil Minerals, Marc Fogassa, classificou, em nota, a transação com uma notícia excelente para a companhia. "Na verdade, tínhamos pedido US$ 250 mil, mas recebemos uma contraoferta de US$ 500 mil", observou.
Segundo ele, a operação dará condições para a empresa realizar algumas melhorias adicionais no complexo minerário do Vale do Jequitinhonha. Além disso, os recursos permitirão "acelerar" outras oportunidades estratégicas.
A Brazil Minerals detém 55% do capital da Mineração Duas Barras. O restante pertence a um grupo de investidores brasileiros. O ativo pertencia à companhia canadense Vaaldiam, que vendeu o projeto entre 2006 e 2007. A empresa mantém também projetos de exploração de vanádio, titânio, ferro e ouro.
Além da produção de diamantes, o complexo instalado às margens do rio Jequitinhonha conta com reservas de ouro. A companhia detém ainda um empreendimento, denominado Projeto Borba, no Amazonas. A jazida ainda não é operacional.
Mercado interno - No mês passado, a mineradora anunciou que realizou a primeira venda de diamante polido e cortado no mercado interno. Na ocasião, a empresa se limitou a informar que o comprador das pedras preciosas é uma grande joalheria regional, no mercado desde 1944 e com 11 lojas no Brasil.
Normalmente estes diamantes são exportados para os Estados Unidos para classificação e certificação no Instituto Gemológico da América (GIA, da sigla em inglês). Porém, a joalheria brasileira optou por comprar sem a certificação do instituto norte-americano.
Conforme o último balanço divulgado, a Brazil Minerals registrou prejuízo operacional de US$ 87,199 mil no terceiro trimestre de 2013, ante resultado negativo de US$ 153,461 mil no período anterior.
Já a receita bruta da companhia cresceu 83% na mesma base de comparação. O faturamento passou de US$ 145,619 mil no segundo trimestre de 2013 para US$ 266,070 mil no acumulado do terceiro trimestre do exercício passado.

Diário do Comércio

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