Em 2014, ANP vai perfurar poço na região; Queiroz Galvão já explora o Médio-Norte
DÉBORA SIQUEIRA
DA REDAÇÃO
Integrante da nova fronteira das bacias produtoras de gás natural e de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais, a Bacia do Parecis que abrange cerca de 17 municípios de Mato Grosso tem indícios de petróleo e gás natural no subsolo da região.DA REDAÇÃO
Contudo, como as bacias estão localizadas em regiões ainda pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas, não houve interessados em explorar o potencial da bacia na 12ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás Natural, realizada nos dias 28 e 29 de novembro, no Rio de Janeiro.
Por não ter uma estimativa de quanto a Bacia do Parecis pode ofertar em metros cúbicos de gás ou barris de petróleo, além de poucos estudos sobre a bacia, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) acredita que este foi o principal motivo de não atrair interessados na região.
“Ainda é preciso obter mais informações sobre a bacia. Por essa razão, a ANP irá perfurar um poço estratigráfico em 2014, cujo objetivo é conseguir mais informações sobre as prováveis reservas de gás natural”, explicou a assessoria de comunicação da ANP aos questionamentos do MidiaNews.
A Bacia do Parecis possui 355.000 km² e estende-se pelos estados de Mato Grosso e Rondônia. Só na 12ª Rodada foram oferecidos blocos em 17 municípios do Mato Grosso. O bônus de assinatura mínimo por bloco (valor pago pelas empresas vencedoras antes da assinatura do contrato) para a Bacia dos Parecis foi de R$ 254 mil a R$ 735 mil.
Por enquanto, não há previsão de que os blocos da Bacia do Parecis vão voltar a ser leiloadas pela ANP.
Petrobrás e Queiroz Galvão
A Petrobras realiza desde 2010 levantamento na Bacia do Parecis para descobrir petróleo e gás natural. Os serviços foram terceirizados para o conglomerado Queiroz Galvão. Há dois meses começaram a perfuração no município de Santa Rita do Trivelato. A Queiroz Galvão montou base em Nova Mutum e deve explorar também o subsolo de Sorriso e Nova Ubiratã.
A área alvo da pesquisa possui 17.505 quilômetros quadrados.
A Petrobras arrematou na 10ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás Natural dentre seis blocos ofertados. Os investimentos previstos chegam a R$ 36,4 milhões.
Em outubro, a Queiroz Galvão abriu 26 vagas para profissionais de nível médio e superior para atuar na plataforma de Santa Rita do Trivelato. As oportunidades de trabalho eram para auxiliar de plataforma, soldador, mecânico e enfermeiros e já foram todas preenchidas.
Procurados pela reportagem, os responsáveis pela base da Queiroz Galvão em Nova Mutum não quiseram comentar sobre os investimentos e pediram para que a Petrobras fosse procurada. A assessoria de comunicação da Petrobras não retornou aos questionamentos da reportagem.
Cursos de Óleo e Gás
A Petrogas Cursos e Treinamentos Profissionalizantes oferta em Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Cruzeiro do Sul (AC) e Rio Branco (AC) cursos para a formação de mão de obra para o setor. O curso de Petróleo e Gás tem seis módulos: indústria do petróleo e energia, auxiliar de plataforma, QSMS (qualidade, segurança no trabalho, meio ambiente e saúde), logística, gás natural e refino.
“Nós não prometemos emprego para ninguém, mas essa área é promissora no Estado com a exploração da Bacia do Parecis e as demais bacias da Nova Fronteira. As empresas que prestam serviço para a Petrobras devem contratar mais pessoas nos próximos anos”, comentou o coordenador da empresa em Cuiabá, Josemar Pinheiro.
O curso com duração de um ano e dois meses são realizados uma vez por semana com duas horas de aula. O investimento é de R$ 89,90.
“As empresas tem pagado salários de R$ 1,8 mil até R$ 6 mil para que os experientes”.
Josemar tem uma visão otimista do mercado de Petróleo e Gás Natural no Estado. Ele acredita que esta será o novo boom em Mato Grosso. “Nos próximos 20 anos vamos ouvir muito falar em petróleo e gás por aqui”.
Estudos
Os primeiros estudos sobre a Bacia dos Parecis ocorreram na década de 70, com mapeamentos geológicos com fins de reconhecimento pelo convênio DNPM-CPRM (Departamento Nacional de Produção Mineral e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais).
Foi entre 2005 e 2010 que foram percebidos a exalação de gás no rio Teles Pires reforçando o potencial da região.
Conforme o professor do Departamento de Recursos Minerais do curso de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Jackson Douglas Silva da Paz, diz que há poucos estudos sobre a Bacia do Parecis, mas não seria esse o principal motivo do desinteresse dos investidores.
“Este mercado é de alto investimento e muitos riscos. Você gasta milhões para perfurar um poço e pode não achar nada. Mas um poço de petróleo que você encontrar paga todo o investimento feito. Contudo, o grande risco é o governo federal mudar as regras do jogo”.
O professor cita o exemplo da mineração. Há cerca de três anos, quase todos os formandos em geologia saiam praticamente empregados da universidade, mas de dois anos para cá, o cenário é de desemprego.
“O governo suspendeu todas os pedidos de pesquisas de lavra de empresas que já tinha contratado geólogos, muitas ameaçam até fechar as portas. Nossos alunos empregados na mineração estão desempregados e pessoas com mais de 10 de experiência estão indo para fora do país. No mercado do petróleo não dá para mudar as regras assim”. Biogold, .Lucas Kallas, Biogold, gerdau, Ibram, Lucas Kallas, Lucas Kallas Biogold, Lucas Kallas Ibram, Lucas Kallas Mineração, Lucas Prado Kallas, Lucas Prado Kallas Mineração, Mineração, vale,
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