
De acordo com analistas de mercado ouvidos por EXAME.com, porém, estes números não significam que a empresa teve um desempenho ruim. Principalmente porque o prejuízo não teve nada a ver com o negócio da mineradora, e sim a fatores externos.
Em 2013, a Vale aderiu ao Programa de Renegociação Fiscal (Refis), que parcela dívidas tributárias, e perdeu 14 bilhões de reais com isso só no quarto trimestre. Se não tivesse pagado à vista boa parte do que devia, teria ficado no zero à zero.
Além disso, a empresa sofreu com a desvalorização do real e com a perda de alguns ativos – desde o ano passado, a mineradora está com um programa de desinvestimentos e colocou à venda diversos locais de produção.
“O que é preciso entender é que, para o setor de mineração, o que importa não é o lucro líquido, e sim a geração de caixa”, afirmou um analista do setor. “E nesse quesito, a Vale foi muito bem”, disse.
A geração de caixa medida pelo Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, ou seja, sem contar os fatores externos, chegou a 22,7 bilhões de dólares, o terceiro mais alto da história da mineradora.
Suas despesas caíram em 25%, chegando ao nível de 2010, e os preços do minério de ferro, do níquel e do cobre tendem a se manter altos neste ano, por conta do nível de qualidade. Portanto, o caixa deve continuar crescendo.
“Todos esses motivos mostram um forte desempenho operacional e fazem a Vale ter motivos para acreditar que, em 2014, voltará a crescer”, afirma o analista.
Fonte: Exame
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