
Os números foram apresentados pelo presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, em entrevista, na sexta-feira, durante o Fórum Brasileiro de Mineração, promovido pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
"O mercado da Samarco é internacional e muito bem dividido. Temos clientes no Oriente Médio, norte da África, Europa, nas Américas, China e demais países da Ásia. Apostamos num crescimento uniforme desses mercados e não colocamos o foco em apenas um deles", disse Vescovi.
De acordo com o chief executive officer (CEO) da Samarco, que é uma joint venture entre as gigantes BHP Billiton e Vale S/A, o mercado deve passar por uma "boa fase" este ano. "Estamos vendo o mercado com otimismo. Com preço volátil como sempre vai estar, mas isso é normal. Claro que o mercado de minério de ferro não é como era no passado, quando era mais estável do que hoje, mas vemos com bons olhos o futuro", avaliou.
Sobre a possibilidade da Samarco fazer uma nova ampliação, desta vez sem um outro mineroduto, mas com um novo concentrador no complexo de Germano, em Mariana (região Central), e uma nova pelotizadora, no Espírito Santo, além da ampliação da capacidade do porto próprio da empresa no litoral capixaba, Vescovi afirmou que o foco da mineradora é concluir o P4P.
"Nosso foco agora é terminar o P4P. É um projeto grande e complexo, está na fase final de instalação e acredito que em algumas semanas devemos começar a produzir. É preciso muita atenção nesta fase de comissionamento até que ele comece a produzir da maneira que esperamos. Outras expansões são ideias e conceitos que começamos a trabalhar a partir de agora. Então, ainda não há novidades sobre novas ampliações, enquanto não finalizamos a atual", explicou.
Vescovi afirmou que a produção P4P começará dentro de um mês ainda em esquema de ramp up, aumentando o volume produzido gradualmente. O projeto foi anunciado pela mineradora em abril de 2011 e foi orçado em R$ 5,4 bilhões, mas a empresa já confirmou que o aporte total para colocar o empreendimento em operação será de R$ 6,4 bilhões.
O P4P promoverá um salto de 37% na capacidade de produção da Samarco e os recursos serão destinados à construção de um terceiro concentrador no complexo de Germano, em Mariana (região Central), uma quarta pelotizadora em Anchieta, no Espírito Santo, e ainda um mineroduto de 400 quilômetros ligando os dois ativos.
Diário do Comércio
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